E Para Quem Nunca Chorava!
Sinto a muralha vir a chão, em forma de lágrimas.
Incrível! Uma sensação a muito ocultada se manifesta de forma mágica.
Poderia ter filmado, enquanto aquelas gotas preenchiam a
circunferência alvo-negra até transbordar pelas beiradas e rolarem face abaixo
pesando toneladas.
Como podem pesar tanto?? Tão pequeninas!
Algo bloqueava as frases, palavras e letras que pretendiam
ecoar garganta afora, enforcar-me-iam sem cordas.
As cenas que se materializavam a minha frente tornava tudo mais difícil.
Enfim saíram, as palavras saíram e com força, arrastando-se,
tropeçando entre uma letra e outra, porém com força, contudo já eram brasa,
brasa molhada e ao chão se fora.
Pó,
se perdeu ao vento.




