Loucura vaga, que vaga em mim!

Ha, vaga loucura, que me sombreia os olhos;
E, contudo, me deixa de pé!
Vaga loucura, que me estende as mãos o tempo todo;
Porém, me deixa só!
Como poderei descrevê-la?
Se insana és e me torna inconsciente,
Insano, vulnerável,
E apenas reles mortal!
Absolutamente ela me domina;
E faço regressões que são progressos;
E sempre querem dizer algo,
Porém, é vago!
Ha, vaga loucura, me norteia e desnorteia;
Contudo, me deixa de pé.
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Pouco ainda há de mim... Sou Sombra!

Entusiasmo que me ocupa a mente e tira a concentração, paro, reflito, desejo, planejo, porém é devaneio e desperto. Abro os olhos para a realidade que é distante de meus enleios. Concentro-me na verdade que me cerca.
Minutos se agarram àqueles pensamentos bons e não os deixam ir, desejo-os com tudo que posso e esbarro na incerteza da vida. Queria tanto poder cumprir esses sonhos, ser quem sempre quis, viver como imaginara bom, produzir, aprovar, aplaudir e ser aplaudido. Tudo assim, como fora, surpreendente e agradável. 
A cada saída o entusiasmo acendia, a cada sucesso a esperança se renovava e apesar de tudo era bom e eu feliz vivia. Esse tédio que me ronda constantemente, raramente me visitava em tempos vindouros, o limite era a imaginação, nada me abalava, nada me ofendia, nada me calava e nada simplesmente nada me tirava o desejo de viver, porque era bom e sentia-me bem, eu era eu! As lutas eram superadas sem lamentações, as batalhas vencidas com louvor, as guerras não me amedrontavam.
Hoje, certamente não sou o mesmo, não o mesmo sonhador audaz e destemido que me refiro acima. Sou sombra ou vivo a sombra, incompreendido me rendo a tantas coisas que jamais me renderia, adoto posturas que nem de longe se assemelham aquela “certeza de tudo” que outrora se fazia presente. Pouco ainda há de mim...
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Interior


"Ao escrever poesias,
Sinto algo em mim flutuar;
Talvez o medo do medo,
Medo... desespero... sei lá;
Letras e versos se unem,
Em minha mente a bailar;
Arranhos sobre o alvo chão,
Traçam passos livres, talvez enigmas...
Volúpias a me imortalizar;
Marcas... manchas... desejos,
Esculpidas no olhar;
Lacrimantes... promissores...
Versos ermos a murmurar."

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Ex Amigos?

E se confunde mais uma vez os neurônios deste que vos escreve. A amizade que brotara de maneira tão adorável agora parece se esvair, sucumbe em meio a escuridão da distancia, a sequidão do silencio e aproxima de mim uma nostalgia soluçante que vem e vai de maneira a estimular saltos de angustia neste coração amador.

Cri que seriamos para sempre amigos (ainda persisto), porém não sei se conseguirei sustentar isso por muito tempo, a fé se perde e quando ela se for o que restará? Houve um período em que ainda a amava, apesar de não sermos mais amantes, havíamos nos tornado amigos sinceros, afetuosos e respeitáveis, enfim, estávamos bem. No entanto as coisas começaram à mudar de rumo, eu mantive a postura e ainda brincava, brigava e aconselhava como antes, todavia não houve reciprocidade. Logo, em determinado momento comecei a notar o descaso e pude ver que o que pronunciava era interpretado de maneira completamente errada, sugerindo até segundas intenções amorosas, o que de fato não existe e dificilmente existiria, uma vez que este coração está preenchido desse modo de amor. O amor sentido na pele, que prende olhos nos olhos e arrepia todo o corpo ao ser tocado pelos lábios de quem ama, e quem dessa forma amo, com certeza não é ela.


Certamente não compreendo profundamente todos os motivos, apenas julgo, me julgo, questiono, pergunto e não obtenho retorno. Será que me precipito em conclusões errôneas? Eis, mais uma pergunta que anseia por uma resposta. Por enquanto persisto arriscando verbalizar com o intuito de evitar que nos tornemos ex-amigos.
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E chorei, mais uma vez, chorei

E Para Quem Nunca Chorava!

Sinto a muralha vir a chão, em forma de lágrimas.
Incrível! Uma sensação a muito ocultada se manifesta de forma mágica.
Poderia ter filmado, enquanto aquelas gotas preenchiam a circunferência alvo-negra até transbordar pelas beiradas e rolarem face abaixo pesando toneladas.
Como podem pesar tanto?? Tão pequeninas!
Algo bloqueava as frases, palavras e letras que pretendiam ecoar garganta afora, enforcar-me-iam sem cordas.
As cenas que se materializavam a minha frente tornava tudo mais difícil.
Enfim saíram, as palavras saíram e com força, arrastando-se, tropeçando entre uma letra e outra, porém com força, contudo já eram brasa, brasa molhada e ao chão se fora.
Pó, se perdeu ao vento.
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